O vereador Rodrigo Manga (PP) protocolou ofício ontem cobrando da
Corregedoria Geral do Município apuração dos casos de irregularidades no
transporte realizado pelas ambulâncias do SAMU, em Sorocaba. Ele também
pediu à CPI da Saúde da Câmara oitiva específica para apurar falhas referentes
às condições do transporte, serviços e atendimentos realizados pelo Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência, em razão das muitas reclamações recebidas de
munícipes como falta de condições e equipamentos adequados para transferência
de paciente e demora exagerada no atendimento.
Além dos vários casos relatados por munícipes que visitam o
gabinete do vereador, um caso ocorrido na madrugada de quarta para quinta-feira
chamou a atenção de Manga. O aposentado Vicente Lázaro Cañas morreu na última
madrugada, dentro da ambulância do SAMU, após mais de 48 horas de espera por
transferência da Unidade Pré-Hospitalar da Zona Leste para a Santa Casa, onde
passaria por uma avaliação cardíaca.
Após várias reclamações pela demora na transferência, o aposentado
que respirava com a ajuda de oxigênio, foi levado durante a madrugada e morreu
a caminho do hospital. Conforme familiares da vítima, a ambulância do SAMU que
fazia o transporte não tinha oxigênio para ajudar no atendimento do paciente. Vicente
Lázaro Cañas era pai do ex-vereador Emerson Cañas.
Manga usou a plenária de hoje (26 de junho) para requerer voto de
profundo pesar e pediu um minuto de silêncio pelo falecimento do aposentado.
“Esse senhor foi mais uma vítima do mau atendimento da nossa Saúde e da falta
de atenção para a população. Se isso aconteceu com o pai de um ex-vereador e
funcionário público concursado da Prefeitura, podemos imaginar o que se passa
com a maioria da população. Quantas pessoas mais terão que morrer nestas
condições para que alguma medida seja tomada”, ressaltou o vereador, que
recebeu o apoio dos demais vereadores da casa.
Conforme o vereador constantemente são relatados em seu gabinete
casos diversos de problemas no atendimento do SAMU como o de pacientes com
problemas mentais que chegam a esperar cerca de 4 horas para serem atendidos,
falta de condições para proceder busca ativa aos dependentes químicos, falta de
equipamentos para realizar atendimentos e demora nos atendimentos alegando
falta de macas ou outros itens básicos.