ACOMPANHAMENTO DE GESTANTES DEPENDENTES QUÍMICAS

Em resposta a requerimento de Manga, Prefeitura afirma
que unidades de saúde estão ampliando as equipes multiprofissionais

* Em caso de internação, a Prefeitura oferece leitos na ala de Saúde Mental da Santa Casa

Em resposta ao requerimento de autoria do vereador Rodrigo Manga (PP), no qual solicita informações sobre as políticas públicas de internação de gestantes dependentes químicas, a Prefeitura informa que as Unidades de Saúde (UBS/ESF) estão ampliando as equipes multiprofissionais nos territórios, desde o ano passado.  Essa população também conta com a oferta de cuidados disponibilizada pelo CAPS AD III e, em caso de internação, a Secretaria de Saúde dispõe dos leitos de Saúde Mental na Santa Casa de
Sorocaba. Existe um protocolo estabelecido entre Saúde e Conselho Tutelar para uma melhor vigilância das gestantes de alta vulnerabilidade.

O consumo de cocaína ou crack durante a gestação está associado a várias complicações do feto como malformações congênitas, convulsões, infartos cerebrais, hemorragias, défici do sistema auditivo, paralisia cerebral, entre outros. O bebê amamentado, cuja mãe fez uso de cocaína recentemente pode se tornar irritadiço, hiperativo, com reflexos alterados e quanto mais prolongada for a exposição do bebê à cocaína ou crack, maiores serão as consequências nocivas ao seu desenvolvimento.

Em Sorocaba, existem gestantes com dependência crônica de crack que se recusam a realizar o pré-natal e qualquer tipo de tratamento para dependência química e o tratamento de saúde especializado pode contribuir para a redução dos índices municipais de morbi-mortalidade infantil.

O objetivo do requerimento do vereador Rodrigo Manga é que o Poder Executivo faça a ampliação de convênio com o setor terciário da Saúde a fim de viabilizar o atendimento de gestantes dependentes químicas, garantindo-lhes a realização do pré-natal e o tratamento para a dependência, com equipe ampliada de saúde, composta por médico psiquiatra, psicólogo, assistente social e terapeuta ocupacional e que seja realizada a internação compulsória ou involuntária, quando indicado. "É necessário que as equipes saiam às ruas, vão às minicracolândias, porque muitas mulheres grávidas, por causa da dependência química não vão até uma unidade de saúde", explica Manga.