Vereador denuncia que dependentes químicos não conseguem atendimento

Na sessão desta quinta-feira (10), o vereador Rodrigo Manga (PP) ocupou a tribuna para denunciar que na última sexta-feira (4) a família de um adolescente o procurou para tentar interná-lo, em razão de ele ser usuário de crack. A família já havia feito o cadastro do menor no Grasa (Grupo de Apoio Santo Antonio) que é conveniado com a Prefeitura, mas não conseguiu a internação, porque ele não tinha RG original, apesar de estar com a cópia da carteira de identidade e da certidão de nascimento e também o protoco da nova certidão.
Manga entrou em contato com a entidade, mas houve a negativa de atender o adolescente, que voltou às ruas e a utilizar o crack. O vereador fez questão de destacar que é muito difícil um dependente químico, principalmente quando adolescente, aceitar o tratamento, por isso, quando isso acontece, deve se acolher essa pessoa o mais rápido possível, porque isso pode ser a diferença entre a vida e a morte, principalmente de um menor. “A ‘burrocracia’ somente prejudica o atendimento. Quando a pessoa busca o tratamento tem que ser atendida imediatamente”.
A vice-prefeita, que também é secretária de Desenvolvimento Social, Edith Di Giorgi, foi informada sobre a situação do Grasa que negou a internação e ficou de averiguar a situação, ocorre que a pessoa dentro da pasta encarregada de averiguar os convênios com entidades que atendem dependes químicos é a servidora Giseli Furlan, que é filha do senhor Furlan, que é presidente do Grasa.

Manga deixa claro que o Grasa presta um bom atendimento, porém, como o cadastro é realizado duas vezes por semana para homens e uma vez por semana para as mulheres, muitos dependentes acabam desistindo do tratamento. O vereador tem recebido diversas denúncias contra entidades conveniadas com a Prefeitura de Sorocaba e estuda, juntamente com outros vereadores, a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) exclusiva para averiguar esses fatos.