Vereador Manga protocola pedido de
 revisão do TAC da Desinstitucionalização


O vereador Rodrigo Manga (DEM) protocolou, na tarde desta terça-feira, pedido de revisão do TAC da Desinstitucionalização, no Ministério Público. Manga explica explica que acredita ser importante o processo de desinstitucionalização, pois existem sim muitos casos de sucesso. No entanto, ele não aprova o modo como está sendo este processo em Sorocaba. "Estão desinternando pacientes a qualquer custo, tendo ele condições ou não de viver fora de um hospital psiquiátrico, somente para cumprir o prazo do TAC, e isso, eu não admito, pois estamos falando de vidas", diz.

O TAC - Termo de Ajustamento de Conduta - firmado por Sorocaba em 2012, juntamente com os municípios de Salto de Pirapora e Piedade, além do Estado de São Paulo, União e Ministério Público Federal e do Estado de São Paulo, visando a desinstitucionalização dos pacientes do Hospital Vera Cruz e demais hospitais psiquiátricos de Sorocaba e região e a implantação de uma rede de atenção psicossocial já teve seu prazo prorrogado até dezembro deste ano, no entanto, ainda faltam mais de 300 pacientes para serem desinternados.

A falta de informação sobre a eficiência do processo de desinstitucionalização dos pacientes com transtornos mentais e a constatação de diversos acontecimentos tristes na cidade decorrentes desse processo, que tem, com frequência, chegado ao conhecimento do seu gabinete fez com que o vereador Rodrigo Manga tomasse a atitude de protocolar o documento no Ministério Público. "Foram muitas situações tristes, culminando a última na morte de um profissional da saúde. Não posso ficar inerte diante destes casos que geraram sensação de total insegurança à população sorocabana", explica Manga.


No documento protocolado o vereador cita o modo como o processo de desinstitucionalização vem se dando em Sorocaba, a qualquer custo com notável desequilíbrio do idealizado e do que vem sendo praticado, sendo de aguda preocupação os cuidados dos pacientes que mais necessitam de atenção. Ele cita ainda as agruras enfrentadas pelas famílias dos pacientes já desospitalizados com o deslocamento de seus entes até a rede de atenção psicossocial, nem sempre na forma e tempo recomendados. Muitas famílias sofrem ainda com dificuldade de ministrar medicação aos pacientes desinternados, pois estes se tornam agressivos e, por vezes, uma ameaça. "Nosso principal objetivo é a revisão do TAC, proporcionando uma nova discussão, visando maior eficiência do processo de desinstitucionalização dos pacientes com transtornos mentais.", enfatizou o vereador.