Vereadores fazem “Arrastão na Saúde” e
constatam precariedade no atendimento
Filas de espera, corredores lotados, falta de médicos e de leitos hospitalares para transferência de pacientes estão entre os principais problemas detectados.
Vereadores da Mesa Diretora e da Câmara Municipal de Sorocaba estiveram na tarde desta segunda-feira, 9, nas três Unidades Pré-Hospitalares (UPHs) da cidade, numa operação chamada “Arrastão na Saúde”, cujo objetivo foi identificar os problemas mais críticos no atendimento diário aos munícipes.
Além do presidente da Casa de Leis, vereador Rodrigo Manga (DEM), participaram das visitas de fiscalização o 2º vice-presidente, Luis Santos (Pros); o 3º vice-presidente, Hudson Pessini (PMDB) – membro da Comissão de Saúde Pública da Câmara – o 1º secretário, Fausto Peres (Podemos); o 2º secretário, João Donizeti (PSDB); o 3º secretário, Péricles Régis (PMDB); e o presidente da Comissão de Saúde, Renan dos Santos (PCdoB).
Os vereadores iniciaram pela UPH da Zona Norte, onde pessoas aguardavam até seis horas pelo atendimento, num ambiente quente e lotado. Segundo o gestor administrativo da unidade, Francisco Alcoléa Neto, a UPH atende a uma média de 550 pessoas por dia e o tempo de espera por uma transferência chega a ultrapassar uma semana. “Temos atualmente 13 pessoas aguardando vaga para internação em hospitais”, informou.
Outros problemas detectados foram a ausência de dois dos cinco médicos que deveriam estar de plantão, a demora pelo resultado de exames – cerca de 4 horas –, a necessidade de manutenção no prédio e o fato dos medicamentos estarem no limite de fornecimento.
Na Zona Oeste o movimento estava bem abaixo da média, que é de 200 crianças por dia. Fato justificado pela coordenação pelo período de férias escolares. Já na UPH da Zona Leste, por onde passam diariamente cerca 600 pessoas, a situação mostrou-se crítica com corredores e salas de espera lotados. “Aqui encontramos pessoas internadas há mais de uma semana, num local inapropriado, sentadas em cadeiras, esperando transferência e até a realização de exames, como tomografia, e tendo que comprar a própria alimentação”, reclamou o presidente da Comissão de Saúde.
Diante do quadro verificado, o presidente da Câmara irá, juntamente com os demais vereadores, elaborar um relatório para ser entregue diretamente ao prefeito José Crespo (DEM), para que medidas emergenciais sejam adotadas a respeito. “A saúde de Sorocaba está na UTI, vamos unir uma força tarefa para que mutirões sejam viabilizados o mais rapidamente possível, com a realização de consultas, exames e cirurgias. Só assim conseguiremos desafogar o sistema”, afirmou Rodrigo Manga.