O presidente da Câmara Municipal, vereador Rodrigo Manga (DEM), participou, na tarde desta terça-feira, da cerimônia de entrega de uma área na zona oeste para que a comunidade Sagrada Face Eucarística de Jesus desenvolva trabalhos sociais no local. A entidade, reconhecida de utilidade pública, é presidida pelo padre Flávio Jorge Miguel Júnior, atual gestor da Santa Casa, e terá a concessão do imóvel por 30 anos.
No evento, o prefeito José Crespo assinou e sancionou a lei 11.795/2018, aprovada por unanimidade na Câmara, que concede o imóvel localizado à rua Mario Soave, no Jardim São Marcos, onde funcionava o Clube do Vovô e que estava abandonado e depredado, servindo de abrigo para moradores de rua e dependentes químicos. O local, inclusive, constava na lista das 52 minicracolândias existentes na cidade e descobertas pela Comissão de Dependência Química da Câmara.
“Trata-se de uma área pública que era um problema para os moradores do bairro e que agora vai se transformar em solução para muitas pessoas, todos os envolvidos estão de parabéns”, agradece Manoel Borges, presidente da Sociedade Amigos do Bairro Piazza de Roma, que também responde por outros seis bairros na região.
Futuro administrador do imóvel, padre Flávio Miguel Junior diz que será um desafio assumir a área de seis mil metros quadrados e considera a recuperação do local uma missão divina. “Trata-se de um espaço voltado à assistência, apoio e atenção aos menos favorecidos. A ideia é que o imóvel funcione como uma sede para abrigar trabalhos das pastorais e tenha uma farmácia e um consultório dentário, que hoje estão instalados no Centro Social Padre Pio, mas que ficaram pequenos e não suportam mais a demanda de atendimentos”, explica o gestor.
Quem também participou da solenidade foi o arcebispo metropolitano de Sorocaba, Dom Júlio Akamine. Ele afirma que não considera um privilegio repassar uma área dessas para a associação ou para a igreja, pois será um local destinado a obras sociais.
O presidente da Câmara, Rodrigo Manga, lembra que o imóvel estava abandonado há anos e era utilizado por dependentes químicos como espaço para consumo de drogas e também prostituição. Ele diz se recordar que durante uma visita ao local encontrou uma Elaine que vivia ali há cerca de dois anos, era viciada, estava grávida e ainda não havia feito pré-natal. “Ela chegava a se prostituir por um trago de crack, mas consegui atendimento com a iniciativa privada e hoje ela faz acompanhamento da gestação e nunca mais usou drogas. Aplaudo este gesto da união entre o poder público e a igreja como chave do sucesso para resgatar pessoas e recuperar uma área degradada e que será usada novamente para o bem público”, comemora Manga.