Comissão de vereadores cobra do Executivo melhora no atendimento aos menores que sofrem abuso sexual em Sorocaba
 Presidido pelo vereador Rodrigo Manga (PP), grupo sugere a criação de Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente e Centro Integrado para atender as vítimas.
 A comissão de vereadores criada para acompanhar as ações de combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes protocolou, nesta quinta-feira (8), um requerimento que cobra do Executivo municipal melhorias para o atendimento de menores vítimas do crime. A criação do documento se deu após reunião entre os parlamentares e representantes do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e do Conselho Tutelar de Sorocaba. Compõem a comissão, os vereadores Rodrigo Manga (PP), Waldecir Morelly (PRP) e Fernando Dini (PMDB).
 Durante reunião do grupo, na última terça-feira (6), a coordenadora do Creas, Sueli Cardia Gomes Lopes, informou aos vereadores que o atendimento psicológico, necessário para as crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual, não estava sendo feito na cidade desde janeiro. “A suspensão do serviço, que é de atribuição da secretaria de Saúde, foi anunciada no início da atual administração. Agora, por meio de parceria entre a pasta e a Associação Criança, o atendimento psicológico será retomado e deve atender, de imediato, 164 menores”, afirmou a representante do Creas.
 Na sessão ordinária, realizada na Câmara Municipal, nesta quinta-feira, o vereador Manga, que preside a comissão, questionou o Executivo sobre a falta de atendimento psicológico no Creas. “Um menor, que é abusado sexualmente, não pode ficar sem o tratamento adequado. Por conta disso, através do requerimento, estamos cobrando uma resposta da Prefeitura sobre a interrupção do serviço durante os primeiros sete meses do ano”, enfatizou.

 No documento, os membros da comissão também sugerem a adoção de medidas para a melhora no atendimento aos menores, tais como: a implantação de uma Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA); de um Centro Integrado, que atenda as vítimas de abuso sexual; e de um programa de escuta especial, que colheria o depoimento do menor sem contribuir com danos psicológicos ao mesmo.