HEMODIÁLISE: Rodrigo Manga e comissão de vereadores irão oficiar Ministério Público sobre a situação do setor de nefrologia do Hospital Leonor

O vereador Rodrigo Manga (PP) e os vereadores que compõe a Comissão de Transporte de Pacientes de Hemodiálise da Câmara irão enviar, no início da próxima semana, relatório ao Ministério Público informando sobre os problemas enfrentados pelos pacientes que fazem tratamento de hemodiálise no Hospital Leonor Mendes de Barros, do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS). Em fiscalização surpresa realizada na manhã desta sexta-feira (dia 26), os vereadores constataram que as cadeiras dos pacientes ainda estão inadequadas e que a falta de médicos começou a ser resolvida agora com a ampliação do quadro de 2 para 7 profissionais.

Esta foi a segunda vez que os vereadores visitaram o hospital para averiguar denúncias de irregularidades cometidas pela empresa terceirizada que, desde junho, presta serviços no local. “Recebemos denúncias de várias irregularidades como falta de médicos, falta de medicamentos, cadeiras inadequadas, maus tratos de funcionários, falta de materiais como gaze e esparadrapo entre outras. Fizemos uma primeira fiscalização no começo de agosto, quando comprovamos as denúncias. Desta segunda vez, hoje, vimos que ainda precisam ser regularizadas as cadeiras e a situação dos médicos. Vamos informar o Ministério Público e daqui um mês fazer nova fiscalização”, disse Manga.

Conforme o diretor técnico do CHS, Enio Guerra, a Nefrocare, empresa terceirizada que assumiu os serviços de hemodiálise na unidade teve parte de seu pagamento retido até que a situação se regularize no hospital. “Ele nos informou que boa parte dos problemas já foram resolvidos. Pudemos constatar hoje que as cadeiras, embora ainda inadequadas, indicadas para acompanhantes e não para pacientes, estão cobertas por lençóis. Já não falta mais material e tinha médicos no setor. Os familiares dos pacientes nos disseram que ainda não há médicos suficientes, então vamos continuar acompanhando até que tudo esteja funcionando corretamente”,  ressaltou o parlamentar.


O diretor Enio Guerra explicou aos vereadores que as cadeiras adequadas já foram licitadas, estão em processo de compra e devem ser entregues em outubro. Também contou que a falta de prontuários dos pacientes está sendo resolvida judicialmente, uma vez que a empresa anterior levou todos os prontuários dos pacientes embora no final do contrato. Assim como os aparelhos de ar-condicionado e cadeiras adequadas que existiam no local. “Eles já acionaram a antiga empresa judicialmente para que os prontuários médicos sejam devolvidos. Agora vamos continuar acompanhando toda essa situação. Não podemos deixar que esses pacientes, que já sofrem tantas privações, passem por mais esse sofrimento”.