MINISTÉRIO PÚBLICO: Vereadores protocolam ofício sobre situação do Setor de Nefrologia do Leonor Mendes de Barros

Os vereadores Rodrigo Manga (PP) e Anselmo Neto (PP), respectivamente presidente e integrante da Comissão de Transporte de Pacientes de Hemodiálise da Câmara, protocolaram na tarde de hoje ofício no Ministério Público (MP) informando sobre a situação do Setor de Nefrologia do Hospital Leonor Mendes de Barros, do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS). No documento constam depoimentos de pacientes, abaixo-assinados e relatório da comissão com informações sobre os problemas que foram comprovados pelos vereadores nas duas fiscalizações realizadas no local, no início de agosto e final de setembro. Com o ofício, os parlamentares esperam que o MP determine um prazo mínimo para que o hospital solucione problemas como cadeiras inadequadas para pacientes, falta de médicos, ausência de prontuário médico, falta de material como gaze e esparadrapo, falta de lençol, ausência de ar condicionado, maus tratos a pacientes, entre outros.

Nas duas fiscalizações os vereadores constataram a existência das irregularidades que foram denunciadas por familiares de pacientes e assumidas pelo diretor técnico do CHS, Enio Guerra. “Após a fiscalização feita em agosto, a diretoria do hospital nos informou que havia oficiado a empresa terceirizada responsável pelo serviço de hemodiálise a resolver a situação em um mês. Em setembro, quando voltamos lá, vimos que alguns problemas tiveram solução, mas a maioria deles não. Resolvemos então protocolar o ofício no MP a fim de buscar soluções para que os 280 pacientes em tratamento de hemodiálise e diálise não sofram mais com esse problemas, além do sofrimento que já é imposto pela própria deficiência renal e pelo tratamento”, ressaltou Manga.

O documento protocolado no MP pelos vereadores conta com relatos de pacientes, cópia dos abaixo-assinados entregues por familiares de pacientes ao gabinete do vereador Manga, cópia do requerimento feito ao Poder Público cobrando intervenção junto à Secretaria de Estado da Saúde, ofício encaminhado ao CHS, resposta do Poder Público e resposta do CHS.

Durante a fiscalização feita em setembro, o diretor técnico do CHS, Enio Guerra, informou que boa parte dos problemas já havia sido resolvida como falta de material, lençóis e médicos, e que as cadeiras adequadas já haviam sido licitadas e que seriam entregues em outubro. Também contou que a falta de prontuários dos pacientes estava sendo resolvida judicialmente, uma vez que a empresa anterior levou todos os prontuários dos pacientes embora no final do contrato, assim como os aparelhos de ar-condicionado e cadeiras adequadas que existiam no local. “Agora esperamos que o Ministério Público interceda em favor dos pacientes, que passe também a investigar as denúncias e que determine um prazo mínimo para a solução dos problemas”, conclui Manga.