Os vereadores da
Câmara de Sorocaba derrubaram o parecer de inconstitucionalidade do projeto de
lei 182/2014, do vereador Rodrigo Manga (PP), que dispõe sobre a
obrigatoriedade de informação aos consumidores dos efeitos do consumo exagerado
de bebidas energéticas à saúde, durante a sessão de hoje (08/07). Manga argumentou
no plenário se tratar de um projeto pela vida, que tem o único objetivo de
informar o consumidor sobre o perigo causado pelo consumo excessivo da bebida
que pode causar arritmias cardíacas e respiratórias, náuseas, tremores,
irritabilidade e zumbidos, além de aumentar os níveis de pressão sanguínea,
diminuir a sensibilidade à insulina, causar crises de ansiedade, cefaleia, tremor,
taquicardia e, em casos mais raros, episódios convulsivos, acidentes vasculares
cerebrais e morte. O projeto deve voltar a pauta de discussões nas próximas
semanas.
“Trata-se de um
projeto pela vida, que tem o objetivo de instruir as pessoas e possivelmente
poupar vidas”, defendeu Manga no plenário. O vereador ressaltou que as bebidas
energéticas são consumidas indiscriminadamente por crianças e, principalmente,
por jovens que, na maioria das vezes, o fazem associado ao álcool, conforme
apontam estudos sobre o consumo da bebida.
Manga também contou
sobre os relatos recebidos de conhecidos que foram parar no hospital pelo consumo
excessivo da bebida e lembrou o caso da morte de um jovem de 17 anos, relacionada ao consumo excessivo de
energéticos, que ganhou repercussão nacional em abril deste ano por se tratar
do irmão do funkeiro MC Gui. O rapaz passou mal após um churrasco com amigos,
foi socorrido, mas já chegou morto ao hospital.
Conforme laudo
médico divulgado pelo IML, a causa da morte foi uma arritmia cardíaca seguida
por uma parada cardiorrespiratória e, segundo o médico responsável pelo
atendimento do rapaz, o problema pode ter sido causado pelo uso e abuso de
substâncias tanto liberadas quanto proibidas e misturas que podem levar à
arritmia cardíaca. Familiares do jovem afirmaram que ele consumiu doses altas
de bebida energética antes de sentir-se mal. “Os consumidores têm o direito à
informação e é isso que o projeto quer garantir”, disse Manga.